segunda-feira, 2 de julho de 2007

MONSARAZ... outras portas



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1 comentário:

Carlos disse...

Em 1157 Geraldo Sem Pavor conquista Monsaraz aos muçulmanos. Em 1173 volta ao domínio árabe dos almôadas após a derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz. Em 1232, D. Sancho II auxiliado pelos cavaleiros templários conquista Monsaraz definitivamente e faz a sua doação à Ordem do Templo. O repovoamento cristão de Monsaraz e do seu termo só vem a ocorrer no tempo de D. Afonso III, período em que este rei concede o foral a Monsaraz e onde são fixados os limites do concelho, bem como definidas terras reservadas para a coroa denominadas os reguengos ou terras reguengas, quer dizer "as terras do rei". Neste período de ocupação cristã, o povoador Martim Anes começou a levantar a nova alcáçova e os cavaleiros das Ordens Militares, juntamente com o clero secular iniciaram a construção dos primitivos templos de Santa Maria da Lagoa, Santiago e Santa Catarina. A economia era fundamentalmente agro pastoril. Em 1319 Monsaraz é erigida Comenda da Ordem de Cristo ficando na dependência de Castro Marim. Nesta altura começa provavelmente a ser construído o edifício gótico do primitivo tribunal, decorado a fresco com o famoso painel alegórico da justiça conhecido pela designação "O Bom e o Mau Juíz". É também deste período que data a torre de menagem (época dionisina). Em 1412, por doação do condestável Nuno Álvares Pereira a seu neto D. Fernando, Monsaraz é integrada na Sereníssima Casa de Bragança e passa, em matéria de tributação fiscal, a constituir um dos mais preciosos e fartos vínculos no Alentejo da grande casa ducal portuguesa. Em 1512, o foral manuelino actualiza a regulamentação da vida pública do concelho e da cidade. Nesta altura a confraria da misericórdia de Monsaraz fica definitivamente instituída na Matriz de Santa Maria da Lagoa. A grave crise demográfica de 1527 causada pela peste que alastrava em Portugal, faz com que, por ordem do Duque de Bragança, e como medida de fixação demográfica local, se esboce uma modesta reforma agrária a qual se traduziu no parcelamento das terras comunais concelhias. A paisagem do minifúndio nos arredores de Monsaraz resulta ainda da partilha quinhentista das terras comunais.